terça-feira, 9 de junho de 2009

Não Tenho Tempo para Mais Nada!

Não Tenho Tempo para Mais Nada!
por Marco Antonio Meira (Consultor de Marketing e Vendas)
Caros(as) amigos(as)
Tenho recebido muitas consultas de empresários que de alguma maneira estão buscando seu lugar ao sol, através
de empreendimentos dos mais diversificados possíveis. O empresário brasileiro é um ser especial, ele busca
alternativas e não desiste, a esperança é a última que morre. O que eu tenho encontrado na maioria dos casos é
sempre a mesma coisa:
- Mas eu não tenho tempo para mais nada....!
Não ter tempo para mais nada, quer dizer somente duas coisas: ou você já está ganhando muito dinheiro, pois o
seu tempo está totalmente tomado, ou existe algo de errado em seu tempo.
Vamos analisar sob a seguinte ótica:
- Você tem ido visitar seus melhores clientes com frequência?
- Quanto tempo do seu dia você reserva para pensar em novas estratégias?
- Você tem planejado novos rumos para o seu negócio?
- Tem participado de feiras, congressos e workshops?
- Tem lido muito sobre sua atividade econômica?
- E o seus concorrentes? Você está a par do que eles vem apresentando de novidade ao mercado?
- Quando foi a última vez que visitou seus fornecedores?
- Com que frequência você faz uma análise sobre o seu mercado consumidor?
Eu poderia ficar enumerando aqui, infinitas atividades que o empresário deve encarar como obrigação.
- Mas eu não tenho tempo para mais nada....!
Agora pare e pense: Por que você não tem tempo para mais nada. Faça uma análise do seu cotidiano. Será que
você não está perdendo muito tempo do seu dia com tarefas operacionais do seu negócio?
DELEGAR, um verbo que de alguma maneira não é conjugado corretamente pelos empresários ou gestores de
empresas. Um verbo temido por alguns gestores e que só prejudica o negócio. Delegar é um exercício de
sabedoria. Todo empresário deve ter em mente que o seu tempo não pode ser desperdiçado com tarefas
operacionais, simples e rotineiras onde o seu envolvimento direto não faz a menor diferença.
Antes de dizer: não tenho tempo para mais nada, pare e pense:
- Quais tarefas do seu dia-a-dia, rotineiras que poderiam ser passadas para outra pessoa realizá-las?
- Não priorize sua ocupação com as tarefas operacionais da empresa, priorize nas tarefas estratégicas.
- Reavalie constantemente o cotidiano da empresa, redistribua os afazeres.
- Não perca seu tempo controlando os controles.
Lembre-se: uma orquestra é boa, porque o maestro é um bom regente e não porque ele toca todos os
instrumentos.
Pense bem nisso

Logística equivocada impede crescimento e gera prejuízo

O Brasil paga caro por ter estradas intransitáveis, ferrovias obsoletas, aeroportos sobrecarregados, hidrovias subutilizadas e portos entupidos. Segundo pesquisa do Centro de Estudos de Logística do Instituto Coppead, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o total gasto pelas empresas com logística atingiu R$ 271 bilhões entre 2006 e 2007, o que representa cerca de 11,5% do Produto Interno Bruto (PIB). Em relação à pesquisa anterior, feita em 2004, houve aumento de mais de 27%.
Um dos itens que mais pesaram foi o custo dos estoques acumulados para compensar atrasos nas entregas de matérias-primas e produtos acabados – que atingiu R$ 89 bilhões em 2007, ante R$ 70 bilhões em 2004, salto de 27%, apesar da queda de 0,95 ponto percentual na taxa Selic no mesmo período.
“Temos uma infraestrutura de logística inadequada, que limita o crescimento do País”, afirma o professor Maurício Lima, coordenador de cursos do Centro de Estudos de Logística do Coppead e um dos responsáveis pela pesquisa. O problema, segundo ele, é que o transporte rodoviário responde, hoje, por 56% do total de carga movimentada no país, enquanto a participação do ferroviário é de 25% e do aquaviário, 14%. Nos EUA, por exemplo, a distribuição é mais uniforme: lá, cerca de 45% da carga são transportados por ferrovias; e 35% por caminhões.
Outro problema que gera prejuízos aos cofres públicos e das empresas é a péssima malha viária nacional. Os acidentes nas estradas em todo o país custam, anualmente, R$ 22 bilhões, de acordo com pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea). Considerando somente o Estado de São Paulo, o estudo mostrou que, em 2008, foram gastos R$ 503 milhões com acidentes nas rodovias federais, R$ 3,3 bilhões nas estaduais e R$ 411 milhões nas municipais.
Segundo a técnica do Ipea Patrícia Morita, esses custos incluem a perda de produção da pessoa que fica sem trabalhar, os gastos com saúde e resgate, a reabilitação, os danos aos veículos, a perda da carga do caminhão, a remoção do veículo e o translado da carga, além de danos às propriedades pública e privada. O custo médio de uma pessoa que sai ilesa de um acidente com caminhão é estimado em R$ 1.207; já um ferido resulta em um ônus ao governo de R$ 38.256; uma vítima fatal chega a custar R$ 281.216.
Segundo o Plano Nacional de Logística e Transporte, elaborado pelo governo federal, há necessidade de investimentos anuais de R$ 18,2 bilhões em logística para sustentar o crescimento do país e evitar os prejuízos sistemáticos, valor bem distante da média dos últimos anos, de cerca de R$ 3 bilhões. E mesmo que os investimentos previstos pelo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) sejam realizados integralmente, chegariam a R$ 12 bilhões anuais – faltaria ainda 1/3 de recursos para chegarmos ao valor ideal.
Fontes: Agência Estado, Ipea, Coppead e Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior

sábado, 6 de junho de 2009

Formação profissional

Houve tempo em que se exigia do profissional de logística formação universitária em engenharia. Hoje existem no Brasil alguns cursos de formação específica nesta área.

A procura é muito grande e os estudantes, assim que se formam, encontram bons empregos nas empresas especializadas.

Ministrado pela FATEC em São Paulo, tem muita tradição e qualidade o Curso de Técnologia em Logística e Transportes (Fonte: http://jornal.fatecsp.br/index.php?pag=exibmenucont&menupos=3).

Sendo Osasco e região um polo que concentra inúmeras empresas, algumas de grande porte, que se dedicam a atividades logísticas, seria natural que a maior instituição de ensino superior alí instalada se preocupasse com essa área profissional. De fato, o Centro Universitário FIEO mantém um conceituado Curso de Tecnologia em Logística, recentemente avaliado com nota máxima pelo MEC (Fonte: http://unifieo.br).

Atividades envolvidas

A logística é dividida em dois tipos de atividades - as principais e as secundárias (Carvalho, 2002, p. 37):

Principais: Transportes, Manutenção de Estoques, Processamento de Pedidos.
Secundárias: Armazenagem, Manuseio de materiais, Embalagem, Suprimentos, Planejamento e Sistema de informação.

História

Desde os tempos bíblicos, os líderes militares já se utilizavam da logística. As guerras eram longas e geralmente distantes e eram necessários grandes e constantes deslocamentos de recursos. Para transportar as tropas, armamentos e carros de guerra pesados aos locais de combate eram necessários o planejamento, organização e execução de tarefas logísticas, que envolviam a definição de uma rota; nem sempre a mais curta, pois era necessário ter uma fonte de água potável próxima, transporte, armazenagem e ditribuição de equipamentos e suprimentos. Na antiga Grécia, Roma e no Império Bizantino, os militares com o título de Logistikas eram os responsáveis por garantir recursos e suprimentos para a guerra.

Carl von Clausewitz dividia a Arte da Guerra em dois ramos: a tática e a estratégia. Não falava especificamente da logística, porém reconheceu que "em nossos dias, existe na guerra um grande número de atividades que a sustentam (...), que devem ser consideradas como uma preparação para esta".

É a Antoine-Henri Jomini, ou Jomini, contemporâneo de Clausewitz, que se deve, pela primeira vez, o uso da palavra "logística", definindo-a como "a ação que conduz à preparação e sustentação das campanhas", enquadrando-a como "a ciência dos detalhes dentro dos Estados-Maiores".

Em 1888, o Tenente Rogers introduziu a Logística, como matéria, na Escola de Guerra Naval dos Estados Unidos da América. Entretanto, demorou algum tempo para que estes conceitos se desenvolvessem na literatura militar. A realidade é que, até a 1ª Guerra Mundial, raramente aparecia a palavra Logística, empregando-se normalmente termos tais como Administração, Organização e Economia de Guerra.

A verdadeira tomada de consciência da logística como ciência teve sua origem nas teorias criadas e desenvolvidas pelo Tenente-Coronel Thorpe, do Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos da América que, no ano de 1917, publicou o livro "Logística Pura: a ciência da preparação para a guerra". Segundo Thorpe, a estratégia e a tática proporcionam o esquema da condução das operações militares, enquanto a logística proporciona os meios". Assim, pela primeira vez, a logística situa-se no mesmo nível da estratégia e da tática dentro da Arte da Guerra.

O Almirante Henry Eccles, em 1945, ao encontrar a obra de Thorpe empoeirada nas estantes da biblioteca da Escola de Guerra Naval, em Newport, comentou que, se os EUA seguissem seus ensinamentos teriam economizado milhões de dólares na condução da 2ª Guerra Mundial. Eccles, Chefe da Divisão de Logística do Almirante Chester Nimitz, na Campanha do Pacífico, foi um dos primeiros estudiosos da Logistica Militar, sendo considerado como o "pai da logística moderna" Até o fim da Segunda Guerra Mundial a Logística esteve associada apenas às atividades militares. Após este período, com o avanço tecnológico e a necessidade de suprir os locais destruídos pela guerra, a logística passou também a ser adotada pelas organizações e empresas civis.

Desenvolvimento

As novas exigências para a atividade logística no mundo passam pelo maior controle e identificação de oportunidades de redução de custos, redução nos prazos de entrega e aumento da qualidade no cumprimento do prazo, disponibilidade constante dos produtos, programação das entregas, facilidade na gestão dos pedidos e flexibilização da fabricação, análises de longo prazo com incrementos em inovação tecnológica, novas metodologias de custeio, novas ferramentas para redefinição de processos e adequação dos negócios. Apesar dessa evolução, até a década de 40 havia poucos estudos e publicações sobre o tema. A partir dos anos 50 e 60, as empresas começaram a se preocupar com a satisfação do cliente. Foi então que surgiu o conceito de logística empresarial, motivado por uma nova atitude do consumidor. Os anos 70 assistem à consolidação dos conceitos como o MRP (Material Requirements Planning).

Após os anos 80, a logística passa a ter realmente um desenvolvimento revolucionário, empurrado pelas demandas ocasionadas pela globalização, pela alteração da economia mundial e pelo grande uso de computadores na administração. Nesse novo contexto da economia globalizada, as empresas passam a competir em nível mundial, mesmo dentro de seu território local, sendo obrigadas a passar de moldes multinacionais de operações para moldes mundiais de operação.

Origem do nome

O termo logística, de acordo com o Dicionário Aurélio, vem do francês Logistique e tem como uma de suas definições "a parte da arte da guerra que trata do planejamento e da realização de: projeto e desenvolvimento, obtenção, armazenamento, transporte, distribuição, reparação, manutenção e evacuação de material para fins operativos ou administrativos". Logística também pode ser definida como a satisfação do cliente ao menor custo total (Ferreira, 1986, p. 1045). Pode-se dizer então que os termos Logística e Cadeia de Suprimentos tem o mesmo significado, já que ambos têm a finalidade de satisfazer o cliente com o menor custo possível.

Outros historiadores defendem que a palavra logística vem do antigo grego logos, que significa razão, cálculo, pensar e analisar.

O Oxford English dicionário define logística como: "O ramo da ciência militar responsável por obter, dar manutenção e transportar material, pessoas e equipamentos".

Outra definição para logística é: "O tempo relativo ao posicionamento de recursos". Como tal, a logística geralmente se estende ao ramo da engenharia, gerando sistemas humanos ao invés de máquinas.

Logística

A Logística é a área da gestão responsável por prover recursos, equipamentos e informações para a execução de todas as atividades de uma empresa.

Entre as atividades da logística estão o transporte, movimentação de materiais, armazenagem, processamento de pedidos e gerenciamento de informações.

Pela definição do Council of Supply Chain Management Professionals, "Logística é a parte do Gerenciamento da Cadeia de Abastecimento que planeja, implementa e controla o fluxo e armazenamento eficiente e econômico de matérias-primas, materiais semi-acabados e produtos acabados, bem como as informações a eles relativas, desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o propósito de atender às exigências dos clientes" (Carvalho, 2002, p. 31).

Uma das principais ferramentas da logística é o WMS, Warehouse Management System, em português - literalmente: sistema de automação e gerenciamento de depósitos, armazéns e linhas de produção. O WMS é uma parte importante da cadeia de suprimentos (ou supply chain) e fornece a rotação dirigida de estoques, diretivas inteligentes de picking, consolidação automática e cross-docking para maximizar o uso do valioso espaço do armazéns.