quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Necessidades e demanda exigem reajuste mínimo e imediato de frete de 15%

A NTC – Associação Nacional do Transporte de Carga e Logística, por meio do seu departamento de custo, o DECOPE, realizou uma pesquisa junto a 314 empresas transportadoras de carga. O resultado foi validado por meio de consulta à empresas membros da Câmara Técnica de Tarifa e Comercialização (CTTC). O estudo apontou as principais conseqüências da crise além de algumas preocupações.
A crise que se desencadeou na metade do segundo semestre do ano impediu o repasse na sua totalidade dos custos, calculado em 7,6%, durante o primeiro trimestre de 2009. Além disso, muitas empresas, como forma de se proteger da queda brusca na demanda de carga, concederam descontos neste período, em muitos casos ultrapassaram 15% dos valores cobrados.
A pesquisa indicou o primeiro trimestre do ano como a pior fase, com queda de mais de 30% para um terço dos pesquisados, mas mostrou, também, que, para 84% das empresas, o mercado hoje está igual ou melhor do que antes da crise. Entretanto, se a constatação deste fato trouxe, de um lado uma certa tranqüilidade, criou outro problema sério com relação à qualidade exigida no atendimento e a necessidade de investimento para atender o crescimento da demanda pós crise.
Hoje, até por conseqüência de muitas empresas terem se desmobilizado, em parte a sua estrutura em função da crise além de adiado investimentos, já faltam espaços nos terminais das transportadoras. A situação tende a piorar, pois a expectativa é de que o Brasil cresça nos próximos anos em média 5% ao ano. Vários fatos apóiam esta previsão: copa do mundo em 2014 e olimpíadas em 2016, além de toda a exploração do pré-sal.
Historicamente a pratica vêm demonstrando que o setor de transporte tende a crescer 3 vezes o PIB. Neste caso, estamos falando que o setor deve crescer 15% a/a nos próximos anos. Para que isto ocorra, serão necessários grandes investimentos em infraestrutura, veículos e implementos, capacitação de mão de obra, treinamento, principalmente dos motoristas.
Para agravar toda esta situação, as exigências e restrições, por parte do governo e das empresas contratantes, vêm aumentando. Com a justificativa de melhorar o trânsito nas cidades e nas estradas, em nome da segurança ou do meio ambiente, algumas vezes até por conveniência, são criadas cada vez mais taxas, vistorias, licenças, e restrições à circulação dos veículos comerciais, o que acaba encarecendo o serviço de transporte rodoviário de carga.
O estudo realizado constatou a urgência em se reajustar o frete em, pelo menos, 15%, além de resgatar a necessidade da aplicação das generalidades. Esta providência é imperativa para que se possa cobrir os aumentos constantes dos custos, recompor as estruturas operacionais desfeitas, melhorar a qualidade e a produtividade dos serviços prestados, recuperar os descontos concedidos e os reajustes não aplicados, e principalmente repor a rentabilidade das empresas, para que estas façam os investimentos necessários para atender a demanda atual e futura do mercado crescente.
Este é um comunicado que não deve ser entendido como mais uma simples solicitação de reajuste, mas como um alerta para transportadoras e seus clientes para o risco iminente de desabastecimento a que todos estão sujeitos. (Fonte.: NTC&Logística - 30/10/2009)

Um comentário:

  1. Olá!Estou aprendendo um pouco sobre Logística e me interessei muito pelos assuntos postados no seu Blog, bem objetivo!
    Talvez eu esteja descobrindo até mesmo uma nova profissão, a Logística.
    Abraço!

    www.renatagsantos.blogspot.com

    ResponderExcluir